quarta-feira, 25 de março de 2020

Negacionismo na UNICAMP 2020



Pode parecer inconcebível que um crime de proporções gigantescas como o Holocausto, que também é um dos crimes mais bem documentados, estudados e testemunhados da história, possa ser negado, especialmente hoje, quando são numerosos os meios de informação sobre o tema.  

(Adaptado de Bruno Leal Pastor de Carvalho, “O negacionismo do Holocausto na internet”. Faces da História, Assis, v. 3, n.1, jan.- jun. 2016, p. 6.) 


A partir do excerto e de seus conhecimentos, 


a) apresente dois aspectos do negacionismo histórico; 


b) analise o impacto da internet nos debates sobre o Holocausto no mundo contemporâneo.


Respostas esperadas:

a) O negacionismo histórico é um fenômeno social contemporâneo, observado em grupos da sociedade que argumentam contra conhecimentos históricos estabelecidos e amplamente documentados. O negacionismo histórico pretende afirmar-se como revisionismo histórico, valendo-se, muitas vezes, da ocultação dos documentos ou de documentos falsos, ignorando as evidências presentes nas fontes históricas.



b) A internet permite a divulgação de informações e debates em uma escala bastante ampliada e de forma muito veloz. No caso específico dos debates sobre o Holocausto, permitiu a ampliação do alcance do discurso que nega o genocídio e a divulgação de materiais voltados para o revisionismo histórico do evento (vídeos, blogs, podcast, entre outros). Por outro lado, também ampliou o acesso a diferentes categorias de fontes históricas que comprovam a realidade do holocausto (depoimentos orais de sobreviventes, imagens de campos de concentração, entre outras), documentos e livros acerca do genocídio. Em síntese, trata-se de um processo contraditório, em que a maior circulação de informações não necessariamente se desdobra em ampliação do conhecimento.



Fonte: UNICAMP/CONVEST




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