quinta-feira, 26 de março de 2020

New Deal - conceito


(John Maynard Keynes)




New Deal

Termo pelo qual (em inglês, “novo acordo”) ficaram conhecidas as reformas e iniciativas econômicas e sociais implementadas por Franklin Delano Roosevelt (1882 – 1945), 32°presidente dos Estados Unidos, eleito em 1933. Esse programa, visando reverter as consequências da grande crise de 1929, desenrolou-se em duas etapas. Nos primeiros 100 dias de seu mandato, por uma proposta presidencial, o Congresso americano votou uma série de leis sobre fundos de assistência social para os desempregados, preços favoráveis aos agricultores, projetos de obras públicas, reorganização da indústria privada e inúmera outras providências. 

Ao mesmo tempo surgiram vários órgãos públicos encarregados de levar adiante medidas propostas, entre as quais se destacaram o Federal Emergency Relif (FERA) e o National Recovery Administration (NRA), o primeiro destinado a suprir as necessidades dos Estados e municípios e o segundo a regular os salários e preços na indústria e no comércio. Reeleito em 1936, com uma vitória esmagadora (dos 48 estados, ele venceu em 46). Roosevelt prosseguiu com o New Deal até a segunda guerra mundial. O seu programa modificou profundamente a política e a economia norte americana(...). 

As medidas de caráter social não alcançaram êxito total, como por exemplo, atesta a renda per capta, real, que não recuperou o seu nível de 1929 até 1940. Em 1941, a cifra de desempregados chegou a mais de cinco milhões. Durante o inverno, milhões de pessoas continuavam paradas, sem trabalho. O New Deal constituiu uma fase importante e operosa da política americana com inevitáveis repercussões mundiais (...)



Naquele momento, era necessária uma maior intervenção do Estado, de acordo com as propostas formuladas pelo economista John Maynard Keynes (keynesianismo)(...) assessorou o presidente Rossevelt na aplicação de um programa de recuperação econômica (New Deal), caracterizado pelo aumento dos gastos públicos, por medidas protecionistas e pelo incentivo às exportações.

As principais medidas tomadas foram:


Incentivo à construção de obras públicas, abrindo novas oportunidades de emprego;
Criação de um seguro desemprego;
Criação de um fundo que garantisse os depósitos populares nos bancos;
Abolição definitiva do trabalho infantil;
Diminuição da jornada de trabalho para 8 horas;
Aumento do salários dos operários;
Tabelamento dos preços dos produtos básicos;
Promoção de reformas da legislação social;
Concessão de empréstimos aos setores produtivos;



A política keynesiana, adotada por vários outros países, serviu de base para instalação do chamado Welfare State (Estado de Bem-Estar-Social). Tratou-se de uma política que se estendeu até a década de 70, do século XX, quando a mais completa “liberdade de mercado”, somada à ideia de “Estado Mínimo”, passou a ter grande aceitação, consolidando o Estado Neoliberal.



“Deixe-me assegurar-lhes minha firme crença de que a única coisa que devemos temer é o próprio medo – o medo imensurável, irracional, injustificável, que paralisa os esforços necessários para transformar retrocesso em avanço”. (Franklin Delano Roosevelt)



Fontes:


ADHEMAR e MARQUES, Col Pelos Caminhos da História, Ensino Médio, Vols 01, 02, 03, Editora Positivo, Curitiba, 2005. pp 70.

AZEVEDO, Antonio Carlos do Amaral. DICIONÁRIO DE NOMES, TERMOS E CONCEITOS HISTÓRICOS. 3a ed, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999. pp 325.



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