(John Maynard Keynes)
New Deal
Termo pelo qual (em inglês, “novo
acordo”) ficaram conhecidas as reformas e iniciativas econômicas e sociais
implementadas por Franklin Delano
Roosevelt (1882 – 1945), 32°presidente dos Estados Unidos, eleito em 1933.
Esse programa, visando reverter as consequências da grande crise de 1929,
desenrolou-se em duas etapas. Nos primeiros 100 dias de seu mandato, por uma
proposta presidencial, o Congresso americano votou uma série de leis sobre
fundos de assistência social para os desempregados, preços favoráveis aos
agricultores, projetos de obras públicas, reorganização da indústria privada e
inúmera outras providências.
Ao mesmo tempo surgiram vários órgãos públicos
encarregados de levar adiante medidas propostas, entre as quais se destacaram o
Federal Emergency Relif (FERA) e o National Recovery Administration (NRA), o
primeiro destinado a suprir as necessidades dos Estados e municípios e o
segundo a regular os salários e preços na indústria e no comércio. Reeleito em
1936, com uma vitória esmagadora (dos 48 estados, ele venceu em 46). Roosevelt
prosseguiu com o New Deal até a
segunda guerra mundial. O seu programa modificou profundamente a política e a
economia norte americana(...).
As medidas de caráter social não alcançaram
êxito total, como por exemplo, atesta a renda per capta, real, que não
recuperou o seu nível de 1929 até 1940. Em 1941, a cifra de desempregados
chegou a mais de cinco milhões. Durante o inverno, milhões de pessoas
continuavam paradas, sem trabalho. O New
Deal constituiu uma fase importante e operosa da política americana com inevitáveis
repercussões mundiais (...)
Naquele momento, era necessária uma
maior intervenção do Estado, de acordo com as propostas formuladas pelo
economista John Maynard Keynes (keynesianismo)(...) assessorou o presidente Rossevelt
na aplicação de um programa de recuperação econômica (New Deal), caracterizado pelo aumento dos gastos públicos, por
medidas protecionistas e pelo incentivo às exportações.
As principais medidas tomadas
foram:
Incentivo à construção de obras
públicas, abrindo novas oportunidades de emprego;
Criação de um seguro desemprego;
Criação de um fundo que garantisse
os depósitos populares nos bancos;
Abolição definitiva do trabalho
infantil;
Diminuição da jornada de trabalho
para 8 horas;
Aumento do salários dos operários;
Tabelamento dos preços dos produtos
básicos;
Promoção de reformas da legislação
social;
Concessão de empréstimos aos
setores produtivos;
A política keynesiana, adotada por
vários outros países, serviu de base para instalação do chamado Welfare State (Estado de
Bem-Estar-Social). Tratou-se de uma política que se estendeu até a década de
70, do século XX, quando a mais completa “liberdade de mercado”, somada à ideia
de “Estado Mínimo”, passou a ter
grande aceitação, consolidando o Estado Neoliberal.
“Deixe-me assegurar-lhes minha
firme crença de que a única coisa que devemos temer é o próprio medo – o medo
imensurável, irracional, injustificável, que paralisa os esforços necessários
para transformar retrocesso em avanço”. (Franklin
Delano Roosevelt)
Fontes:
ADHEMAR e MARQUES, Col Pelos Caminhos da História, Ensino
Médio, Vols 01, 02, 03, Editora Positivo, Curitiba, 2005. pp 70.
AZEVEDO, Antonio Carlos do Amaral. DICIONÁRIO DE NOMES, TERMOS E CONCEITOS
HISTÓRICOS. 3a ed, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999. pp 325.
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